sexta-feira, 20 de março de 2009

Uma coisa que o dinheiro não compra

INSPIRAÇÃO

Lago que te penso
Prenhe,
Não de torrentes mortas
Mas de segredos
E corres nas minhas veias
Rios de sangue
Onde se afogam mágoas de rebelde
E revoltas ébrias de esperança.

Sacio-me em cada raio de luz
Que te reflecte a cor
Tecida a aguarelas mil
Que não posso prever.

E desejo estar nas tuas águas calmas,
Afogar-me de ti,
Com vontade de morrer nenhuma vez
Serena mansidão,
Latente,
Doce,
Que te não quero saber o fim.
Sinto-te o calor
Do corpo que encerras imerso
E a terna concupiscência
De perseguir-te o leito.




© CybeRider - 2009

2 comentários:

the dear Zé disse...

Esta não comento. É demasiado pessoal.
Fica um desafio/pergunta: "Qual é o rasto que deixamos ao passarmos pela vida?"
http://photomelomanias.blogspot.com/2009/03/impressoes-digitais.html

CybeRider disse...

Em resposta a isso, escrevo os meus dois próximos artigos. Não tanto pelo rasto que deixo na vida que tenho muita dificuldade em avaliar para além do "acto mágico", mas para delatar o rasto que a vida tem deixado em mim. (Não sei porquê ando para aqui num acerto de contas...)