Por onde passo ouço desejos.
Ou está tudo grávido de algo estranho, ou sou eu o estranho que não entende tanto sentimento desiderativo.
Os que tudo têm desejaram prendas, pela celebração do nascimento de Cristo, os outros desejaram que não lhes desejassem nada de pior. E vêm estes dias em que se deseja um "bom ano", e lá se empurram mais umas passas e lá se esquematiza outro punhado de desejos.
Ainda bem que me atafulho do que a mão consegue alcançar, tento entupir as ideias e calar a boca para que me saia apenas o mínimo indispensável de hipocrisias.
Pois não desejo eu afinal tudo de bom para todos durante todos os dias do ano? Não saberá quem me conhece que nada de mal consigo desejar em todos os dias que restam? O que tornará afinal estes dias mais sinceros que os outros? Que necessidade tenho de enviar votos do que quer que seja? Ainda se durante o resto do ano vos tivesse odiado, invejado, estigmatizado, ofendido; bem, ofendido talvez, mas não foi com intenção deliberada, talvez em autodefesa, ou porque me distraí...
Passarei, à laia de promessa, a desconfiar de quem me deseje coisas boas por esta altura; ter-me-ão sem dúvida desejado o pior em todas as outras.
Não foi a natureza quem pensou na divisão dos anos. Podiam dividir-se noutro dia qualquer que o resultado seria o mesmo. Reitero hoje como amanhã um desejo, este à laia de moda, vício da época, embora o deseje todos os dias:
Que este tenha sido o pior dia do resto das vossas vidas. E o "tenha sido" justifica-se pelo facto de que nada do que foi mau poderei alterar, que se pudesse... Talvez começasse por alterar a forma como celebramos estas passagens. Atribuiria a cada meu semelhante vivente uma medalha por cada período decorrido, essas insígnias trariam consigo a capacidade de nos recordar de um valor antigo, o respeito pelos anciãos. Talvez nos impedissem de seguirmos a moda consumista, talvez evitasse que os fossemos jogando fora aos poucos, com cada cabelo branco que lhes surge de novo, ou cada ruga que se lhes aprofunda na face. E no entanto, tantas vezes, são eles os primeiros a cumprir tradições e a encher-nos ainda a mesa, na ceia de Natal, e a ter desejos positivos para o nosso futuro, tantas vezes com a ingenuidade das crianças, e nós crianças tontas nem os ensinamentos deles seguimos; talvez porque não nos pesem muitas medalhas ainda, mas menos pesarão futuramente por mérito.
Mas somos bons nestas alturas, tão bons que o céu chora, tão bons que mesmo que ele não chorasse acharíamos que o mereceríamos, simplesmente porque proferimos alguns desejos como se babássemos por um manjar raro; que ridículos nos tornamos...
Que este tenha sido o pior dos vossos dias, esse é o voto que faço a cada renovação de um sol pelo outro, porque se este tiver sido o pior dos vossos, todos os meus no futuro não serão também tão maus assim.
E amanhã... Amanhã tentarei retomar a minha vida, sem promessas nem desejos.
© CybeRider - 2009
25 comentários:
Cyber,
Que a vida te continue a trazer cicatrizes, que o tempo te traga muitas brancas e muitas medalhas por tempos passados e, sobretudo, que os dias de hoje sejam sempre os piores da tua vida, pois apesar do amanha ser sempre longe de mais, será sempre melhor.
Um grande bem haja.
Abraço das CaTacumbas
MorTo Vivo
Bem sei que os trapos serão os mesmos, as dores e as saudades não se deixarão de sentir de igual forma. O reumático vai ter tendência a agravar-se, que se prevê húmido o ano. Sim, inicia-se 1 dia, dos 365 que ainda estão para vir, deste ciclo vicioso, onde tudo parece acontecer, vezes sem conta.Repetidamente. Demasiadas vezes, para mal dos nossos pecados! Ficaremos mais velhos em cada dia que passa, a carne parece mais sujeita ao caruncho das desilusões e das maleitas.
Mas, Às vezes é necessário voltar a fazer o caminho, fazer a curva do ano, pensar que recomeçar é possível. Começar o ciclo não permite o uso de apagador, porque cada um dos nossos dias anteriores não é escrito a giz! É escrito com uma caneta de bico afiado, que deixa marcas de tinta na alma, no coração e no corpo. Mas todos os anos, desejamos que a caneta seja macia nas desilusões e de ponta bem grossa e tinta bem visível nas alegrias.
Quando iniciei 2009, morava cá a esperança de tanta coisa. Os meus maiores desejos não se tornaram concretizáveis. Quis a sorte, ou o destino ou mão divina que assim fosse, sei lá!Nenhum deles dependia de mim...
De 2009 esperei bom e mau. Tive muito de mau e algo de bom! Considera que vir aqui, foram momentos bons. Outros houve, sabes que sim. Que me pudeste ler. que comentaste. Do mau, quero pensar que aprendi, que cresci, que venci o que tinha para vencer. Não venci tudo ainda. Por isso, sei que a vida tem que ser feita de desejos, de metas e de sonhos. Em 2009, mal sonhei. A vida propôs-me que mantivesse os pés na Terra. Não nego que 2009 foi um livro que poderei ter de voltar a abrir. MAs compreendo que muitos dos desejos que temos, e dos que os outros nos desejam, não vêm do coração, mas sim de palavras feitas da ocasião e para a ocasião. Porque amanhã, os dias terão 24 horas, tal como hoje, e os minutos os sessenta segundos. E todo o tempo fraccionado, parece insuficiente para as pessoas perceberem que mais do que aquilo que desejam, têm elas próprias de desejarem ser pessoas melhores, sem hipocrisias, mentiras e vaidades.
A ti, que "te conheci" em 2009, sempre desejei coisas que me vinham da alma, foram servidas com toda a sinceridade, com carinho. Permite-me que mais esta vez, deseje. Mesmo que os desejos te pareçam fictícios, garanto-te que não são.
desejo-te apenas que sejas feliz! E a felicidade é composta por desejos mais pequeninos, e esses ficarão a teu cargo!
Beijinho e votos de um 2010, com tudo de bom!
Cybe
Espero bem que não tenhas capacidades adivinhatórias, e não andes a adivinhar gravidezes, porque não me daria jeito nenhum agora :))
E agora, que te desejei um bom ano, que faço? Não, não vou retirar o que disse, apesar do que dizes. Porque é o que te desejo. O resto, que te tornaste um amigo que estimo e "ouço" com atenção, já o sabes (espero), durante todo o ano. Aos amigos, desejo o mesmo que a mim, sempre, todos os dias.
Não tenho necessidade de enviar "votos", e muito menos me sinto obrigada a fazê-lo. Assim como não tenho necessidade de dizer à minha família e aos meus amigos que os amo. Eles sabem que assim é, e eu também. Mas gosto e preciso de lhes dizer, de vez em quando, de os abraçar bem forte e dizer-lhes que gosto deles e como são importantes para mim. Maneiras de ser, talvez.
Tens razão, nestas alturas há muita hipocrisia. Cabe-nos a nós diferenciá-la do que é verdadeiro. Será que, por haver essa hipocrisia, não devemos manifestar os nossos sentimentos? Então, deixaremos de desejar todas essas coisas às pessoas a quem desejamos.
Para mim, e apesar de tudo o que está mal, continuo a ter a certeza que tudo pode melhorar, desde que mantenhamos a fé em nós. E continuo a acreditar que há solução, Cybe.
Quanto às passas, bem as tento comer. Passas numa mão e champagne na outra, mas para te dizer a verdade, a parte das passas não costuma correr muito bem. Às tantas já nem sei que passa é, e distraio-me com o champagne...
Beijinhos, Cybe, e tudo de bom!!
(Não me leves a mal por ter discordado aqui ou ali :))
Ó CyberRider!
Então escarneces, ironizas de quem te endereça votos de bom isto, bom aquilo? Se assim é escarneceste de mim, que vim aqui,propositadamente, para te desejar que tenhas o melhor que é possível ter neste vale de lágrimas, que é a nossa vida! Estou a brincar, CyberRider! Como te compreendo! Oh, se compreendo! Contudo, gostei sinceramente, de percorrer as "capelinhas", que tenho na barra lateral direita do meu log, para desejar a todos o melhor do mundo. É que com o tempo, e com o recíproco trocar de opiniões com os blogs por mim eleitos, acabei por desenvolver uma espécie de afecto, um bem-querer a todas estas pessoas que dedicam um bocadinho de tempo das suas vidas para me lerem. Isto para mim é deveras importante, porque aprendi na vida a dar valor ao subtil, que neste caso é a ínfima parte da vida que uma pessoa me ofertou, porque veio até mim, para me ler!
Só há uma coisa que não faço, não alinho: Ir aos funerais! Se não lhe fiz o melhor em vida, então que não apareça agora, que já não faço falta! Sou isto CyberRider, assim mesmo, pura e dura!
E é esta minha frontalidade que me concede o à vontade de chegar aqui, para te desejar verdadeiramente que o este Novo Ano seja para ti cheio de epopeias felizes!
Um beijinho da amiga Milu.
Está alguém? - Estava aberta e... fui entrando.
Não há sossego em lado nenhum esta noite. Celebram como se o mundo fosse acabar e começasse outro, amahã, que já é hoje! - O Homem concretizou o "Acordo Final", foi? - Acabar com a fome, acabar com a guerra?
Os anciãos já se retiraram, (esses trazem a bengala bem assente no chão) para o leito, (ainda não era hoje quando se foram) com vergonha do que os "anos novos" trazem, e as "crianças", recém-chegadas aos trilhos da vida, celebram um desejo de mudança que só depende delas!
O desejo, esse parente da sorte e do azar!
Vou "ali" aceitar o copo que ofereces, que esse sim, está disponível todo ano, porque a Lua e o Sol são os mesmos todo o ano, que a da noite de 31/12 e o do dia 01/01, com menos medalhas apenas, que essas eles atribuem aos mais atentos. (Tenho andado distraído, mas já tenho algumas).
Passa por "lá" para beberes uma "pinga", sei que não te ficarás à espera da entrada na nova década, ou de uma Páscoa.
(Um dia Cybe, já cá não estarei há muito, irão repartir a "festa" desta noite pelos restantes dias do ano, e o mundo nunca mais será o mesmo!)
Venham daí esses ossos! ;)))
pois eu não me chateio nadinha que desejes que este tenha sido o pior dia da minha vida porque isso significa que me estarás a desejar que todos os futuros dias serão melhores que este. e convenhamos... esse é um voto que me agrada :)
e seguindo a mesma lógica, Cyber, desejo que aquele tenha sido o teu pior ano, assim todos os vindouros serão melhores (nada mau heim?!)
sabes que mais Cyber... a mim basta desejar que daqui a 365 dias eu ainda esteja viva a desejar ou não votos de bom ano
A gente não consegue fugir destas desgraçadas tradições.... não é?!
Um forte abraço então.
Olá MV!
Agradeço-te os votos. Não sei se para o bem ou para o mal, estava mesmo a precisar de dias com 48 horas.
Bem hajas!
Sei que te devo umas visitas à CaTacumbas, mas acho que tenho de artilhar a máquina, que o percurso fica pesadote por lá, mas compreendo, tens aquilo cheio de coisas boas.
Abraço!
Olá Pepita!
Gosto também de imaginar que se possa iniciar um novo ciclo. Afinal, cresci nesses princípios, as tradições sempre se cumpriram à minha volta, principalmente com boas intenções. Encherão um inferno?... Dependerá da forma como as encaramos, talvez.
O ano que passou foi um marco para mim, teve muito de mau e bastante de bom, mas são também os nossos olhos, alguma ambição, e as nossas características que tanta vez aferem a qualidade do que nos colhe. Sei que este blogue teve início para colmatar um súbito desalento condicionado pelas circunstâncias turbulentas que ainda fazem tremer a sociedade, sem solução à vista. E se me pode custar a avaliar o impacto que o que cá vou colocando possa ter tido nos contactos que aqui se foram estabelecendo, posso afiançar que foi importante para mim. Trouxe-me compensação psíquica, paz de espírito, fez-me acreditar que bastantes das coisas más teriam eventualmente remédio. Nalgumas ocasiões fez-me esquecer momentos muito maus. Reconheço que foi bastante mais fácil o arranque do que está a ser a continuação da viagem, mas não me desiludi.
Tive possibilidade de recordar que algo que gosto muito de fazer, e que andava num segundo plano, tem afinal muita importância para mim. Não sei se o terei feito da melhor forma, mas sei que tenho tido um apoio, surpreendentemente incondicional, que me fascina não só pelo que tem de imprevisto, mas pelas qualidades que acabo por reconhecer numa faceta de vida que me leva a ter fé em muito do que tendencialmente deixava de acreditar.
Escusas de me recordar a tua sinceridade e o carinho que colocas nas nossas trocas de ideias. Desde as primeiras que sinto, como te disse em várias ocasiões, essa veracidade
que emanas nas alegrias e tristezas que te dispões a relatar e que todos os que te lêem sentem com emoção também. Não preciso de to dizer, porque o sabes. E como te disse também é essa capacidade que tens de sonhar que gosto de ler no que escreves, porque não a sinto dessa maneira, e é por ela que também temo quando as coisas não te correm bem.
Para além do que desejei no texto, desejo que mantenhas essa capacidade, porque talvez possa reaprender a sonhar no que escreves; quem sabe o que este ano nos há-de reservar?
Pelo meu lado mantenho a esperança.
Beijinhos Pepita. 2010 há-de ser bom, com mais ou menos esforço, mas acredito que sim.
Olá Nirvana!
Podes ficar tranquila, nem consegui adivinhar a tua reacção a este texto. Estava com receio do que pudesses pensar, porque só vi o teu comentário depois de o ter colocado, e não me senti lá muito bem. :)
Mas já devia saber que o teu grande coração me perdoaria outra vez. Para além disso descreveste muito bem a razão de ser que subjaz a estas trocas tradicionais. Não sou de descrições analíticas, por isso estas coisas têm muitas vezes um cariz pouco pragmático. São as tais "Introspecções e Verossimilhanças", que afinal nada têm de reflexo da realidade. Num punhado de anos da minha vida tive de realizar os postais de Natal de uma empresa onde trabalhei, sem computadores, tinha de escrever o interior dos postais, para três empresas do grupo, os envelopes, com remetente e destinatário, colocar carimbos, assinar, colocar selos, colar tudo, elaborar prendas promocionais. Eram às centenas, e quando iniciava nunca sabia se ia conseguir terminar, fazia horas extraordinárias porque para além dessas tinha as minhas funções habituais. Quando fui substituído nessa função, o primeiro candidato chorou agarrado à máquina de escrever... Este episódio, que daria um texto talvez mais interessante, fez-me ter desde essa altura uma visão diferente desta época que tantos apreciam e enaltecem. Muito do que faz destas datas especiais, tornou-se para mim em algo de bastante abominável.
Dito isto, como poderia levar-te a mal? Só posso agradecer-te e apreciar as tuas palavras amigas que me confortam e pedir-te compreensão. Já li a epopeia das passas. Também é como dizes, sem dúvida! :)
Beijinhos Nirvana!
Olá Milu!
Que susto!!!
Bem vês, este é mais um daqueles em que me ponho a jeito, e depois cá fico a tremer pelo que vem de volta. Ainda tenho de descobrir de onde me vem este masoquismo.
Foste bem simpática em passar por cá a expressares os teus votos, principalmente porque ando atrasado... As "pessoas que dedicam um bocadinho de tempo das suas vidas" para te lerem, saem sempre muito beneficiadas e de alma agasalhada pela forma maravilhosa como escreves os teus textos e pela escolha cuidadosa que sabes fazer dos teus temas. São sempre momentos de uma melodia agradável que se entranha. Acredito que se fosse oferta para ti teria ainda bastantes mais comentários, mas tenho de discordar, a oferta és tu que deixas e quem lá vai traz sem pedir.
Bem me ri com essa dos funerais!... Mas deixas-me a pensar se terei quórum para me pegarem na caixa... É que ainda por cima tenho de concordar contigo! Nem sempre dou o meu melhor em vida, portanto depois de morto há-de haver quem me esqueça com bastante facilidade. Contigo já vi que não conto!
Beijinho grande Milu. Que 2010 seja pródigo para ti em lágrimas de felicidade.
Cá estou eu outra vez!!
Ufa, Cybe!!!! ;)
Sabes como é. Agora também é a altura das previsões para o ano seguinte. :)
Até parece que teria alguma coisa para perdoar! Nem por sombras, e entendo cada palavra que escreveste. E concordo contigo, que há muita hipocrisia, muitas frases feitas que não passam disso, muito "bom ano" dito sem sequer olhar para os olhos das pessoas. Há isso tudo, e pior ainda. Mas também há o "bom ano" que vem do profundo afecto, do carinho, de uma vontade real que assim seja. Como em tanta coisa na vida.
Abençoada tecnologia, Cybe!! Eu teria amaldiçoado esses postais de Natal! E depois de algum tempo a fazer isso, seria um pouco difícil de aturar, eu!!
Há uma passagem de ano que ficará para sempre na minha memória. Foi das mais felizes da minha vida tal o alívio que senti. Tinha 6 anitos e preparava-me para sair (sair mesmo) de casa. Tinha arranjado um saco com meia dúzia de peças de roupa. Lembro-me como se fosse ontem. Dia 30 de Dezembro. Estava com sarampo, à mesa, com um prato com arroz e ovo estrelado, e chorava compulsivamente. Chorava, chorava e chorava. Perguntavam-me o que tinha e mais eu chorava. Lá na minha terrinha costumam dizer que se deita o ano velho fora. Eu não ouvi bem a história, e entendi que iam deitar os "velhos" fora. Ora, para mim, com 6 anos, o meu avô era velhinho. Iam deitar o meu avô fora e eu preparava-me para ir com ele. Quando finalmente lhes consegui dizer que eram maus, todos maus, pelo que iam fazer, foi gargalhada geral. Ainda hoje me gozam por causa disto (e outras coisas). Claro que não é mesmo a passagem de ano, porque do dia 31 só me lembro de andar sempre atrás dele, não fosse term-me enganado. Não vem nada a propósito isto, mas sempre que se aproxima esta data me lembro disto. Lá estou eu a divagar!!
De resto, não faço balanços de fim de ano, contabilizando as coisas. Penso só se foi ou não um ano bom. Tal como faço muitas vezes com os dias. Até os momentos. Já houve anos em que nem precisei de pensar para saber que pior era difícil.
Eu desejo um bom ano a mim também, Cybe! Mas não faço projectos para o ano. Não estabeleço metas para o ano. Esses já existem, ou vão surgindo e não é necessário ser 1 de Janeiro para os iniciar.
Por isso, Cybe, quero que saibas que entendo cada palavra do que disseste, e que nem por um instante achei que não tivesses recebido os meus votos com a intenção que os mandei. Como se costuma dizer, acho que já ultrapassamos isso :). Pode ser presunção minha apenas, mas a culpa é tua, uma vez que tornaste a tua casa uma casa onde me sinto em casa.
Beijinho, Cybe
Pois nós estamos conversados!
Como diria o Visconde de Valmont: "It's beyond my control." E não consigo deixar de te desajar coisas boas...
CybeRider
Fartei-me de rir com a resposta que deste ao meu comentário. Tens razão para te teres assustado, porque eu mesma agora que o reli, tive a impressão que entrei de rompante.
A minha mãe é que se insurgia muito com o facto de eu não querer ir a funerais, e dizia-me circunspecta, que mais tarde eu também não teria quem fosse ao meu! Ora,a verdade se diga, aos que eu, porventura fosse, já não iriam ao meu, com toda a certeza. Alguém me há-de levar, ou não, tanto me faz!
Um beijinho.
A Nirvana contou uma história lindíssima, muito reveladora do que de mais maravilhoso têm as crianças - a inocência.
E pronto, venho aqui solicitar a minha medalha. Quero uma medalha. Acho que nunca ganhei nenhuma... por isso, venha lá a medalha. e isso.
Abraço
Olá Gemini!
As portas são-te francas. Também de fanqueza deveria ser a festa. Afinal franqueiam-se as portas, como se se franqueassem os sentimentos, que permanecem porém cativos, ocultos.
Talvez um dia, como dizes, mas afinal se nos formos não levamos connosco o cenário que foi montado de propósito para o nosso desempenho?...
Beberei até que esqueça, talvez me esqueça até de beber, mas recordarei as palavras amigas, onde incluo as tuas, com destaque.
Há de facto um paralelismo estranho entre o desejo, a sorte e o azar, que defines aparentados. É que aquilo que desejamos para nós costuma desencadear acções que visam a sua satisfação, enquanto que o que desejamos aos outros raramente não será deixado ao acaso, coisa a que reconheço pouca valia.
Valham-nos os ossos que ao que julgo durarão eventualmente mais do que a carne. ;)))
Olá Escarlate!
Então estou eu a puxar pela vida velha e encontro-te "lá" uma vontade de mudança? Deixaste-me sem palavras, espero que fosse um dos meus erros de interpretação porque não te vejo a abandonar o vício, é que fumar faz mal, mas partilhar o que nos vai na alma, principalmente como sabes fazer, faz bem à nossa e à dos outros (fica-me mal o egoísmo?... E fica aqui expresso sem passas!).
A vida não é uma benesse. Para os bons é um dever. Há-de haver justiça que torne inútil o teu desejo, porque não te podes livrar disto tão cedo.
Olha mfc, já não sei se são as tradições se é a própria vida que nos desgraça... Mas se de umas tento fugir a custo, já à outra tento pendurar-me como posso.
Estes laços ajudam! Retribuo-te o forte abraço.
Olá Nirvana! Assim, estragas-me com mimos! :)))
Ah sim... As previsões... Já não faço! Ainda vou no balanço, mas não dos que falas. É que estou a ver se ganho algum para me atirar à imensidão do ano que aparentemente começa. Não está fácil, a vontade ainda é pouca. A energia vem-me da pressão, e como não roo as unhas, não está fácil fomentá-la, mas isto arriba, assim passe a chuva...
Quanto aos postais de Natal, acabaram por motivar o engenho a descobrir formas de aliviar a tarefa, terei estado entre os pioneiros da impressão daquilo por computador, ainda com máquinas em MS-DOS tratei de arranjar maneira de imprimir os endereços em etiquetas, a partir de uma base de dados, naquelas impressoras de agulhas e papel prefurado; havia um programa (WordStar) para escrever texto, que melhorei com um outro para fazer outros tipos de letra... Depois, as primeiras impressoras de jacto de tinta não trabalhavam muito bem com cartolinas, estragavam cerca de um em cada dez bonecos... Sei lá... Passou a contar mais a pequena frase manuscrita. Talvez estejam a cair em desuso, notei um decréscimo acentuado nos "recebidos" deste ano. Ainda bem, que não haverá mal que sempre dure...
Afinal o melhor conto de Natal acabaste por deixá-lo aqui nas minhas caixinhas! Lindo!!!
Quanto ao mais, não acreditasse no quanto se dá de si neste meio e talvez me custasse aceitar a sinceridade dos votos que cá se deixassem. Assim, acredito também que me lêem as entrelinhas... Dizes bem, "já ultrapassámos isso". :)
Beijinho, Nirvana
Ó Mente, tu de facto...
Afinal os viscondes são todos sábios!
O segredo afinal está no descontrole, a gente contém-se e só sai porcaria.
Mas de facto já estavamos conversados. ;O)
Olá de novo Milu!
(Ena, vocês deixam-me tantas prendas, e eu nem sabia que era tão bom recebê-las também pelo ano novo!)
O susto passou logo! Não te inibas de cá vir como te apeteça que todos os sustos são bem vindos!
Essa coisa dos funerais, são de facto sempre um problema dos outros, que o nosso nunca nos dá canseiras.
Quanto à história da Nirvana,como conto de Natal na primeira pessoa é absolutamente fabuloso!
Beijinho!
Vem aqui "um tal de Caçador" cobiçar medalhas, se não te conhecesse ainda poderia pensar que mais uma ainda não te desmontaria a caixa do peito...
Conheces aquela do "não desejes porque te pode acontecer"?
Pois é!!!
Abraço!
Cybe,
Sabes uma coisa? Há já alguns anos, desde que o meu primeiro filho nasceu, que tenho, acompanhado dos meus filhos, trocado prendas por visitas. Não das de médico. Daquelas com cavaqueiras intermináveis...onde ouço a mesma história pela décima terceira vez... Visitas de dia inteiro. Tenho ido cortar lenha, acender o forno, fazer mil e uma coisas, dormir no meio dos panos da azeitona no palheiro com os miúdos enquanto contamos e ouvimos mais umas anedotas dos nossos velhos. Tenho preferido fazer a desejar. Tenho visto novos e velhos a olharem para mim com os olhos a brilhar. Tenho passado dias que contam. Sujo, com algum frio, cansado mas feliz por mim e por ver os outros felizes. A vida só é uma merda se nós quisermos...E não temos de ser ricos...
Um abraço
Olá Mário!
Esses são os melhores, sentidos, honestos e principalmente pedagógicos, que não percas o jeito!
Um abraço!
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