Olha-me o tipo!
Que estamos em crise, e baixa os preços... Até parece que não gosta de dinheiro! Depois que me venha cá com a música de que isto está mau, que é preciso fazer umas horas... Isto está bom é para ele! A porcaria que me paga... Nem sei porque é que continuo a aturar isto.
Mas lá que anda com mau ar... E no outro dia? Acho que ficou cá toda a noite, agarrado aos papéis. Fachada! E no fim do mês que me pagou com um cheque pessoal?... É só teatro!
Temos clientes. E o gajo ainda se queixa da crise. Não quer meter mais ninguém e eu que me lixe a dar ao cabedal! Se bem que este mês já chegou cá uma data de vezes antes de nós. É para vigiar... (Deixa-me abrir-lhe a porta!)
Deve estar a arranjar desculpas para correr com a gente. Estes? Quem não os conheça que os compre! (Senhor A. vai um cafézinho?...) Aproveita a conversa da crise e ainda lixa a vida a algum. Últimamente é todos os dias de trombas. Para a malta pensar que lhe corre mal a vida. É controle para a gasolina, é controle para o papel, é controle para os telefones. Já não aturo muito mais esta paranóia!
Mais dia menos dia, vai daqui vende as máquinas e deixa-nos com o menino nos braços.
Não! A mim não me engana! Só por cima do meu cadáver!
© CybeRider - 2009
2 comentários:
Os dois lados de uma moeda... (referência a ambos os posts).
Sem dúvida que se vive um clima de suspeita...
Eu sou funcionária e não penso assim, desta forma...talvez porque o clima na empresa seja de entreajuda, no sentido que o barco navegue com rumo certo, para que todos nos mantenhamos à tona e com saúde para ultrapassar este mau momento. Mas sei e convivo todos os dias com sentimentos destes. Sei o que custa a um patrão manter um conjunto de colaboradores - há-os maus e bons (já em tempos, fiz um post sobre isto!), mas temos também que considerar aqueles que tudo fazem em proveito próprio e geram clima de desconfiança junto dos colaboradores.
Por outro lado, existirão aqueles colaboradores que tudo farão para ajudar - a mim custa-me ouvir que se tem de mandar pessoal de férias por não haver trabalho, mas dá-me gozo, quando há bastante trabalho e eu me sinto um pouco responsável por isso. se todos nos unirmos num objectivo comum, manter uma empresa saudável,e uma boa liderança- não um rato que abandona o barco- conseguiremos superar. Sei que sim, tenho essa fé, e vou dar o meu contributo para que assim seja! De mim, dependem pessoas que precisam de dinheiro ao final do mês para as suas contas! tudo farei para não desiludir. Por todos nós!Pela empresa! O meu ganha pão é esse!
(desculpa-me ter-me alongado, mas o assunto é tão vasto, que só com estas palavras nem sei se me fiz entender...)
Ainda bem que nem todos os casos são como os dos textos. Só assim poderá ainda haver alguma esperança. O que escrevi tem poucos pontos de convergência entre um ponto de vista e o outro. São eliminados mais pelo ângulo das personagens do que pela realidade que vivem. Como em todas as guerras, não há nenhum inteiramente certo.
Já vi currículos menos interessantes que o teu comentário... O teu empregador que se cuide... :)))
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